Blog de hernani dimantas

Lixo Eletrônico

Deu no Aliás: Eletroeletrônicos são descartados sem que as pessoas considerem o impacto ambiental

commons-based peer production

(...) likely most radical, new, and difficult for observers to believe, is the rise of effective, large-scale cooperative efforts—peer production of information, knowledge, and culture. These are typified by the emergence of free and open-source software. We are beginning to see the expansion of this model not only to our core software platforms, but beyond them into
every domain of information and cultural production—and this book visits these in many different domains—from peer production of encyclopedias, to news and commentary, to immersive entertainment. (Benkler, 5)

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Uma sociedade sem espetáculo

O espetáculo é o caminho que Debord (La société du spectacle - 1967) tomou para explicar a sociedade que se estabeleceu nos meados do século passado. Uma explicação convincente para um momento que a mídia de massa nadava de braçada e pautava os corações e mentes das pessoas comuns. Andy Warhol (1960) preconizava os 15 minutos de fama como o anseio da sociedade.

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Redes protagonistas

Minha filha pediu-me para ajudá-la na associação da frase 'Sapo não pula por boniteza. Pula por precisão' com Augusto Matraga, personagem de Guimarães Rosa. Sapo não pula para se mostrar. Pular é inerente ao sapo. Pula para a sua sobrevivência.

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Linkania - uma teoria de redes

Estou montando uma apresentação para a equipe do laboratório.

Estou trabalhando com a idéia daquilo que nos afeta. Poderia explicar no pensamento espinosano de substância. Das mônadas de Leibniz. Da parte e do todo. Bem, não vou me ater a filosofia. Na prática a rede é uma cauda longa. Ou, citando a Drica 'cada um tem a internet que merece'.

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MetaIndependência

Como diz Espinosa: Liberdade não é um direito. É uma conquista. Eu acho que independência também não é dada. Há de se hackear.

Independência desde sempre foi a proposta do MetaReciclagem. Não foi por acaso que o MetaRec entrou no circuito da mídia tática. E, sob esse espirito tem participado efetivamente do processo de apropriação da tecnologia para a transformação social.

Não sei se é apenas a minha percepção. Mas eu creio que o MetRec tem contribuído de forma impactante para a revolução que fazemos parte. A pegada do nosso tempo nos apresenta mudanças drásticas de como a sociedade está se moldando. Pensar que uma grande parte das pessoas conectadas são consideradas fora da lei simplesmente por baixar músicas, filmes, publicar conteúdo proprietário. Projetos como o sabotagem apenas informam que a multidão hiperconectrada não está afins de respeitar o copyright. Ninguém segura essa explosão de necessidades.

Copyright é apenas uma questão. Não adianta conhecer o que está invisível para uma grande parte da população. Atuar no gap informacional em quaisquer instâncias tem sido o nosso campo de ação. Oficinas, conversas, desconferências são espaços de agenciamentos coletivos. O conhecimento quer ser livre. As pessoas querem o acesso livre. Esse é um enclave para se conquistar. A MetaIndepência de links, de agenciamentos, de generosidades e daquilo que nos faz continuar a ser humanos. Essa é a forma da revolução se propagar. >>Leia mais

O louco desvio do twitter

No mesmo dia que eu terminei a intro do Manovich (mais: The people takes command) recebi pelo twitter um link para o trabalho do @Guy_Vincent. Com o tempo encontrei a @whatar, a @droppar e @greg_a_elliott. Não me pareceu um simples evento. Pois é uma boa coincidência. Enquanto a análise do Manovich me pedia para raciocinar sobre o impacto do software na cultura.Uma proposta para pensarmos que vivemos a cultura do software. Eu me recuso a pensar em ferramentas. Acho besteira qualquer análise que leva em conta a ferramenta e seus usos. Porque não importa a ferramenta. O que importa é a apropriação das redes. Redes não são uma coisa ou outra. Redes são espasmos de signos e símbolos. Espasmos do caos. Pensamos multiplicidades, seres multifacetados que operam nas mais diversas zonas de produção de subjetividades. Pensamos numa sociedade onde a comunicação faz o link entre pessoas. No entanto, a comunicação que move o meu pensamento está nas conversações. Pessoas conversando com pessoas. As pessoas usam softwares. Quase sempre da maneira que ele é programado. Muitos desses softwares usamos para processar conversas. E cada um conversa de maneira diferente. @Guy_Vincent fala em códigos ░░▒▓▒░▒▓▒░▒▓▒░░▒▒░░░▒░░. A arte extrapolando a ditadura dos programadores. É muito diferente dos twitter mais badalados. Eu gosto de entender o ser humano como um ser desviante. Simples, né?

Homem - máquina - remix

Flusser tem uma visão da tecnologia como suporte; Ele reproduz a idéia de prótese. A tecnologia cola no homem. Ele diz que as fábricas são lugares onde sempre são produzidas novas formas de homens: primeiro, o homem-mão, depois o homem-ferramenta, em seguida, o homem-máquina e, finalmente, o homem-aparelhos-eletrônicos. Repetindo: essa é a história da humanidade. A máquina distende a mão do homem ao ponto do homem se tornar a máquina, ou a máquina se torna o homem. Oras, tanto faz.

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Das Múltiplas Interfaces ao Monstro Cibernético

somos nossa memória, somos este museu quimérico de formas inconstantes, este monte de espelhos partidos
Jorge Luís Borges

Pois, o que é interface? Para que serve a interface? Será que tem a ver com computadores? Tem sim, ou não?. A interface é um tipo de tradutor que aproxima a linguagem do homem com a máquina. Olhamos para a telinha e já sabemos o que ela nos tem para dizer. Um ícone sedutor fazendo caras e bocas para nossos olhos repletos de informação. Ou, uma chamada para a ação. Ou para a interação.

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