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Fast-Forward (FFWD) - Interactivos'12 Nuvem - Autonomias

Mais uma da série de relatos rápidos: no ano passado, eu e Vincenzo Tozzi enviamos uma proposta de participação no Interactivos'12 - Autonomias que aconteceria na Nuvem, em Visconde de Mauá. Seria uma expansão da ZASF, incorporando também questões de replicabilidade e sincronização de bases de dados.

A proposta foi selecionada, e passamos alguns dias trabalhando um monte de questões técnicas e conceituais, trocando com outros projetos e pessoas presentes por lá e aprendendo um monte. Eu aproveitei para documentar algumas coisas:

Mais fotos aqui.

ZASF com sotaque paraense

 

A ZASF participou no mês passado do Networked Hacklab, em Belém e Santarém. Em Belém, foi um teste em condições reais: estávamos no Parque dos Igarapés, sem acesso à internet. A rede autônoma funcionou sem solavancos, servindo conteúdo local e ainda direcionando tráfego para outro servidor local onde estava instalado o wiki que posteriormente foi migrado para o site do encontro.

Eu aproveitei para instalar um hotglue na ZASF e documentar o evento em tempo real, enquanto assistia e participava das atividades. Copiei o resultado disso aqui.

No ar

O protótipo de ZASF deu umas voltas por aí nos últimos meses. Primeiro, serviu um  hotsite sobre lixo eletrônico junto à instalação que Glauco Paiva montou dentro da programação Copenhague é aqui, na Matilha Cultural. Depois, foi montado em três momentos diferentes na bancada da MetaReciclagem durante a Campus Party. Não cheguei a implementar nenhum recurso novo no protótipo, mas usei o wiki nele para anotar alguns insights que emergiram durante o processo. E esse é mais um aspecto interessante da ZASF - essas anotações só existem ali, e acompanham o hardware onde ele for montado - uma espécie de diário, que ainda que virtual também está profundamente ligado ao atual - a informação só está disponível para quem está ali por perto, não existe espelho na internet. Se eu perder o hardware ou houver alguma falha de software, as últimas anotações desaparecem, sem deixar vestígios. Isso não me incomoda - talvez como um começo de resposta à pergunta que fiz na apresentação durante o mobilefest -   ainda existe mistério no mundo? . 

ZASF - Estreia pública

Sábado passado (dia mundial do movimento dos sem satélite) fui até o MIS para apresentar as zonas autônomas sem fio no Mobilefest. Não havia muita gente por lá - além da concorrência com a conferência municipal de comunicação e com o TEDx, a programação do Mobilefest também estava dividida - outra mesa estava rolando ao mesmo tempo que a minha. Resultado: a mesa tinha quase tanta gente apresentando quanto assistindo (depois eu mando outro post comentando as outras apresentações). Na minha vez (fui o último), apresentei e demonstrei ao vivo o protótipo funcional da rede (direcionando pra uma página contextual - mobilefest, slides, etc.). O bom foi que por conta da apresentação eu passei a noite de sexta organizando as ideias relacionadas às ZASF, e saiu uma apresentação de slides decente. Ela começa com quatro questões fundamentais relacionadas às redes autônomas sem fio:

  • compartilhar espaço (ou proximidade) x estar em rede
  • privacidade x acesso ubíquo
  • e se alguém desligar a internet?
  • ainda existe mistério no mundo?

slides em anexo

Slides em anexo (PDF, ~760KB).

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Zasf - mobilefest 2009

O Desvio foi convidado a apresentar o projeto ZASF na edição de 2009 do Mobilefest, semana que vem no MIS-SP. Detalhes da apresentação abaixo:

Data: 14/11 - Sábado

Local: MIS - Av Europa, 158 - Jd Europa / São Paulo

Sala: Auditório LabMIS

Horário: 14h00 as 15h40

Tema: Mobilidade e Comportamento

Participantes:   Marcus Marçal / Sandra Rúbia da Silva / Diego Jair Vicentin / Felipe Fonseca /
Marcelo Godoy(moderador)
Formato apresentaçãoseminário de 20 minutos para apresentação de cada trabalho.
No final abriremos mais 20 minutos para perguntas e debate.
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ZASF - vídeos

Alguns vídeos bem simples com um screencapture de alguns testes da ZASF em rede Mesh.

ZASF #1

Oraculismo #1

ZASF - Zonas Autônomas Sem Fio

"Mr. programmer
I've got my hammer
Gonna smash my, smash my radio!"
Ramones, We want the airwaves
"Para explicar como as forças astrológicas poderiam produzir ação à distância, Mesmer postulou um fluido sutil que ele chamava fluidium, um meio diáfano que comunicava vibrações lunares para as marés da mesma forma que possibilitava que Venus e Júpiter ajustassem os destinos humanos. O fluidium tomava forma no conceito Newtoniano de éter, um fluido invisível que permearia o espaço e serviria como meio estático para a gravitação e o magnetismo, bem como sensações e estímulos nervosos. Para Newton, o éter servia para explicar como os corpos distantes do sistema solar comunicavam-se uns com os outros, e ao mesmo tempo livrar-se da abominável ideia de um universo em que existisse o vácuo."
Erik Davis, Techgnosis

Eletrônicos equipados com wi-fi são geralmente vistos somente como dispositivos de acesso à internet. Entretanto, assim como Brecht propôs para o rádio, é possível pensar em um uso alternativo das tecnologias sem fio para a criação de redes informacionais locais, não conectadas à internet e que não dependam de uma infra-estrutura centralizada. O acesso ubíquo à internet tem certamente um aspecto de integração, mas por outro lado também traz uma grande alienação do sentido de local: cinco pessoas sentadas em um café acessando seu email ou orkut com wi-fi são cinco pessoas mantendo-se alheias uma à outra e ao entorno. É certamente possível argumentar que essas cinco pessoas podem usar a internet para acessar informação local, mas é raro que tentem. Mesmo quando buscam esse tipo de informação, acabam buscando em estruturas centralizadas como o google ou a wikipedia. >>Leia mais