04 novembro 2009
Por efeefe
O Desvio foi convidado a apresentar o projeto ZASF na edição de 2009 do Mobilefest, semana que vem no MIS-SP. Detalhes da apresentação abaixo:
Data: 14/11 - Sábado
Local: MIS - Av Europa, 158 - Jd Europa / São Paulo
Sala: Auditório LabMIS
Horário: 14h00 as 15h40
Tema: Mobilidade e Comportamento
Participantes: Marcus Marçal / Sandra Rúbia da Silva / Diego Jair Vicentin / Felipe Fonseca /
Marcelo Godoy(moderador)
Formato apresentação: seminário de 20 minutos para apresentação de cada trabalho.
No final abriremos mais 20 minutos para perguntas e debate. >>Leia mais
03 novembro 2009
Por efeefe
Rolou na terça da semana passada a mesa no simpósio de arte contemporânea no paço das artes. Antes da mesa, fui almoçar com o pessoal do Weblab no Sweden, e encontramos um pessoal do simpósio por lá (entre eles nosso amigo desviante James Wallbank, do lowtech.org). Dei uma carona pro James até o Paço. Fui apresentado para os participantes da mesa, Rogério da Costa e Alberto Cuenca, e o debatedor Eugenio Figueroa.
Fiz uma breve introdução, falando sobre como as redes reconfiguram fundamentalmente a sociedade, e com isso colocam de outra forma a questão do acesso a informação e conhecimento.
Alberto começou a mesa, discorrendo sobre as implicações e contradições da indústria da propriedade intelectual em uma sociedade interligada. Deu como exemplos o software livre, os wikis, a creative commons. Citou Ned Rossiter - as redes organizadas e a busca de novas formas institucionais. Focou bastante no contexto legal do copyright. Também trouxe a imagem do Lamborn Wilson - o navio como simultaneamente motor do capitalismo e resistência a ele. >>Leia mais
22 outubro 2009
Por efeefe
Semana que vem vou mediar um debate sobre Redes Sociais, Arquivo e Acesso, com Rogério da Costa e Alberto Lopez Cuenca, no III Simpósio de Arte Contemporânea, no Paço das Artes. Também na programação da semana estão os brodas James Wallbank e Mike Stubbs.
21 outubro 2009
Por efeefe
21 outubro 2009
Por efeefe
Villem Flusser, n'a Filosofia da Caixa Preta (pp. 32/33):
Uma distinção deve ser feita: hardware e software. Enquanto objeto duro, o aparelho fotográfico foi programado para produzir automaticamente fotografias; enquanto coisa mole, impalpável, foi programado para permitir ao fotógrafo fazer com que fotografias deliberadas sejam produzidas automaticamente. São dois programas que se co-implicam. Por trás destes, há outros. O da fábrica de aparelhos fotográficos: aparelho programado para programar aparelhos. O do parque industrial: aparelho programado para programar indústrias de aparelhos fotográficos e outros. O econômico-social: aparelho programado para programar o aparelho industrial, comercial e administrativo. O político-cultural: aparelho programado para programar aparelhos econômicos, culturais, ideológicos e outros. Não pode haver um "último" aparelho, nem um "programa de todos os programas". Isto porque todo programa exige metaprograma para ser programado. A hierarquia dos programas está aberta para cima. >>Leia mais
21 outubro 2009
Por efeefe

"Mr. programmer
I've got my hammer
Gonna smash my, smash my radio!"
Ramones, We want the airwaves
"Para explicar como as forças astrológicas poderiam produzir ação à distância, Mesmer postulou um fluido sutil que ele chamava fluidium, um meio diáfano que comunicava vibrações lunares para as marés da mesma forma que possibilitava que Venus e Júpiter ajustassem os destinos humanos. O fluidium tomava forma no conceito Newtoniano de éter, um fluido invisível que permearia o espaço e serviria como meio estático para a gravitação e o magnetismo, bem como sensações e estímulos nervosos. Para Newton, o éter servia para explicar como os corpos distantes do sistema solar comunicavam-se uns com os outros, e ao mesmo tempo livrar-se da abominável ideia de um universo em que existisse o vácuo."
Erik Davis, Techgnosis
Eletrônicos equipados com wi-fi são geralmente vistos somente como dispositivos de acesso à internet. Entretanto, assim como Brecht propôs para o rádio, é possível pensar em um uso alternativo das tecnologias sem fio para a criação de redes informacionais locais, não conectadas à internet e que não dependam de uma infra-estrutura centralizada. O acesso ubíquo à internet tem certamente um aspecto de integração, mas por outro lado também traz uma grande alienação do sentido de local: cinco pessoas sentadas em um café acessando seu email ou orkut com wi-fi são cinco pessoas mantendo-se alheias uma à outra e ao entorno. É certamente possível argumentar que essas cinco pessoas podem usar a internet para acessar informação local, mas é raro que tentem. Mesmo quando buscam esse tipo de informação, acabam buscando em estruturas centralizadas como o google ou a wikipedia. >>Leia mais
16 outubro 2009
Por efeefe
Bem interessante o programa dessa série de palestras sobre uso e cultura material na UTFPR. A da manhã de hoje falaria sobre desvio, bricolagem e gambiarra. Pena que estou tão longe de Curitiba...
Desvio de função, bricolage e gambiarra
Por Dr. Christian Kasper
Data: 16 de outubro de 2009
Esta primeira aula introduz aos temas abordados no seminário. O principal objetivo é discutir e desmontar a noção de função a partir de práticas que a colocam em xeque, mostrando que o uso dos artefatos é suscetível a variações imprevistas. Propõe uma leitura do texto fundamental de C. Lévi-Strauss sobre bricolage, examina algumas abordagens contemporâneas da questão e apresenta o desvio de função como meio de entender a relatividade cultural do uso.
Coordenação: Profª. Drª. Maristela Mitsuko Ono
Corpo e cultura material
Por Dr. Christian Kasper
Data: 23 de outubro de 2009
As práticas corporais, como mostrou Mauss, correspondem a técnicas próprias a cada cultura. Desenvolvendo o trabalho de Mauss, Warnier propõe uma abordagem da cultura material que considera as condutas sensório-motoras envolvidas na relação com os artefatos como parte da mesma. Esses autores serão usados para entender o envolvimento do corpo na relação de uso..
Esquemas e affordances
Por Dr. Christian Kasper
Data: 06 de novembro de 2009 >>Leia mais
14 outubro 2009
Por efeefe
Por Felipe Fonseca e Hernani Dimantas
Mandamos esse texto para a publicação do Paralelo, evento que aconteceu em março/abril de 2009 em São Paulo. Devem sair uma versão impressa e uma POD (print-on-demand) nos próximos meses.
A gambiarra aparece como a arte de fazer. A re-existência do faça-você-mesmo. Sem todo o ferramental, sem os argumentos apropriados, mas com o conhecimento acumulado pelas gerações. Fazer para modificar o mundo. Um contraponto ao empreendedor selvagem. Fazer para transformar aquilo que era inútil num movimento ascendente de criatividade. A inovação está presente no DNA pós-moderno, no pós-humano. Numa vida gasosa. Abrimos aqui parênteses para fazer uma crítica ao Bauman com suas diversas modernidades líquidas. O líquido se acomoda ao recipiente. Seja um copo, um vaso ou apenas a terra contra a qual o oceano se deixa existir. O gasoso flui no espaço, no tempo e no ser em existência. Não só líquida ou gasosa, a pós-modernidade é a multiplicidade de estados que se misturam, na confluência da Ipiranga com a São João, na co-existência de todos os níveis de desenvolvimento econômico e tecnológico. Uma gambiarra que remixa, modifica, transforma e se mistura. Traço comum da inventividade cotidiana, do improviso, da descoberta espontânea, da transformação de realidades a partir da multiplicidade de usos. O mais trivial dos objetos, lotado de usos potenciais: na solução de problemas, no ornamento improvisado, na reinvenção pura e simples. O potencial de desvio e reinterpretação em cada uso. A inovação tática, acontecendo no dia a dia, em toda parte. >>Leia mais
30 setembro 2009
Por efeefe
(...) queremos mais do que o simples acesso. Queremos o processo, os conhecimentos abertos do meio do caminho. Sabemos usar chaves de fenda, concretas e metafóricas.
Continua aberta a chamada por contribuições para a publicação do Mutirão da Gambiarra dedicada à Gambiologia. Já recebemos e encontramos material bem interessante, e mais algumas pessoas sinalizaram que vão mandar material até o fim de outubro. Quem tiver colaborações (textos, posts, insights, imagens, etc.) mande logo!
http://mutirao.metareciclagem.org/chamadas/gambiologia
30 setembro 2009
Por efeefe
Escrevi isso para o Simpósio de Arte Contemporânea que vai acontecer no fim do mês no Paço das Artes, em Sampa. Também vou mediar uma mesa sobre "Redes Sociais, Arquivo e Acesso".
O mundo virou cyberpunk. Cada vez mais as pessoas fazem uso de dispositivos eletrônicos de registro e acesso às redes - câmeras, impressoras, computadores, celulares - e os utilizam para falar com parentes distantes, para trabalhar fora do escritório, para pesquisar a receita culinária excêntrica da semana ou a balada do próximo sábado. Telefones com GPS mudam a relação das pessoas com as ideias de localidade e espaço. Múltiplas infra-estruturas de rede estão disponíveis em cada vez mais localidades. Essa aceleração tecnológica não resolveu uma série de questões: conflito étnico/cultural e tensão social, risco de colapso ambiental e lixo por todo lugar, precariedade em vários aspectos da vida cotidiana, medo e insegurança em toda parte. Mas ainda assim embute um grande potencial de transformação. >>Leia mais