Depois de insistir algumas vezes, chegou aqui há um par de semanas um envelope com duas cópias do reader do Paralelo. Hernani me falou que não recebeu. Nosso artigo Gambiarra e Criatividade Tática foi publicado lá, mas não gostei muito da tradução (que tá aqui e foi também publicada na ônzima edição da revista colombiana El Niuton).
Fiz algumas anotações de pé de página enquanto lia o reader. Agora de cabeça, lembro do artigo de Karla Brunet e Juan Freire, que estão tocando o projeto Narrativas Digitais (que tem bastante a ver com umas coisas que um dia quero fazer aqui em Ubatuba).
Outra hora comento mais sobre os textos e minhas anotações.
Há algumas semanas o Platoniq de Barcelona lançou o Youcoop, um laboratório de pesquisa na internet onde publicam material referente a suas linhas de pesquisa. Tem bastante material interessante por lá - jogos e dinâmicas cooperativas, material de referência e até um exercício que eles me pediram para criar e apresentar em 2007, sobre moderação coletiva. Tem bastante a ver com as dinâmicas de colaboração lowtech com cadernos e murais que eu fazia lá por 2004, e até hoje me pergunto se isso faz algum sentido na prática. Eles também criaram lá no Youcoop um perfil meu e um da MetaReciclagem.
Guilherme Maranhão foi entrevistado para o podcast O Bigode do Gato. Ele conta um pouco sobre a refotografia e suas fotos com scanners desmontados. Gostei da entrevista, parabéns ao Guilherme e a quem faz o Podcast (que na real é um Videocast, né?).
Daniel Hora defende essa semana sua dissertação de mestrado sobre Arte Hackeamento. Um dos focos da pesquisa é a rede MetaReciclagem e por tabela o Desvio. Já dei uma passada de olhos na dissertação, e pretendo ler nas próximas semanas. Enquanto isso, desejamos ao Daniel boa sorte na defesa!
No post sobre o Makers, eu comentei que tinha ficado pensando na tradição brico-fazedora-hacker" norte-americana, à qual eu nunca dei muita atenção. Acabei de receber pela lista bricolabs um artigo do WSJ sobre o retorno do tinkering em meio à crise . Tinkering é um termo que se relaciona com a nossa gambiarra - tem a ver com consertar, remendar, brincar, fuçar. Já comentei por aí sobre a tinkering school e o tinker.it.
Em um artigo que eu e Hernani escrevemos ano passado, comentamos que "a repressão ao impulso inventivo cotidiano causa uma insatisfação que acaba sendo canalizada para atividades criativas. Inventores e inventoras em potencial buscam reconhecimento e troca em seus pares, e a gambiarra renasce . Parece óbvio que todo o cenário de crise econômica e a perda de confiança no eterno crescimento do consumismo trariam mais cedo ou mais tarde um reflexo inventivo. O próprio argumento que a gente costuma usar pra situar as práticas de gambiarra no mundo é que no Brasil a gente teve que aprender desde cedo a lidar com a instabilidade e a precariedade - e isso nos faz desenvolver um tipo de habilidade que as culturas dos países mais ricos de alguma forma foram perdendo com o tempo. Mas confesso que minha referência é um pouco bitolada nos contrastes entre Brasil e Europa, me interessa saber como as culturas nortamericanas se articulam nisso tudo. Alguém tem mais pistas?
Gostei bastante do documentário e do catálogo do Poro. E não é só porque o catálogo se chama "desvios no discurso" ;). O que curti ali foram as ideias simples e diretas de intervenção urbana, que podem inspirar ações em todo lugar.
Aqui o vídeo do debate revolução de sofá na Campus Party 2010. Lembro que eu demorei um pouco pra entrar no ritmo do debate. A coisa toda de "revolução me pareceu muito hype e pouco compromisso, bem superficial e tal. Comecei questionando um pouco o próprio termo revolução, depois as coisas andaram e eu acho que peguei o ritmo no meio do caminho. No fim, acho até que fui bonzinho demais com os atwittervistinhas.
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Desvio é um laboratório de apropriação criativa de tecnologias. Dedica-se à pesquisa e experimentação relacionadas a arte, criatividade, inovação, design, produção multimídia, MetaReciclagem, software livre, copyleft, mídia tática e afins.