campus party http://desvio.cc/taxonomy/term/98/all pt-br Revolução de Sofá http://desvio.cc/blog/revolu%C3%A7%C3%A3o-de-sof%C3%A1 <p>Aqui o v&iacute;deo do debate &nbsp;revolu&ccedil;&atilde;o de sof&aacute; na <a href="http://campus-party.com.br">Campus Party 2010</a>. Lembro que eu demorei um pouco pra entrar no ritmo do debate. A coisa toda de &quot;revolu&ccedil;&atilde;o &nbsp;me pareceu muito hype e pouco compromisso, bem superficial e tal. Comecei questionando um pouco o pr&oacute;prio termo revolu&ccedil;&atilde;o, depois as coisas andaram e eu acho que peguei o ritmo no meio do caminho. No fim, acho at&eacute; que fui bonzinho demais com os atwittervistinhas.</p> <p><object width="480" height="295"> <param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/TEOHZ8u-oHk&amp;hl=pt_BR&amp;fs=1&amp;" /> <param name="allowFullScreen" value="true" /> <param name="allowscriptaccess" value="always" /><embed src="http://www.youtube.com/v/TEOHZ8u-oHk&amp;hl=pt_BR&amp;fs=1&amp;" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="295"></embed></object></p> http://desvio.cc/blog/revolu%C3%A7%C3%A3o-de-sof%C3%A1#comments campus party debate sampa Wed, 10 Mar 2010 21:03:57 +0000 efeefe 147 at http://desvio.cc Debate Gambiologia na Campus Party http://desvio.cc/blog/debate-gambiologia-na-campus-party <p>Na noite de quinta-feira, 28, realizamos no palco de design da <a href="http://campus-party.com.br">Campus Party</a> o debate sobre Gambiologia. A ideia era lan&ccedil;ar a vers&atilde;o beta da <a href="http://mutirao.metareciclagem.org/chamadas/gambiologia">publica&ccedil;&atilde;o que vamos finalizar em mar&ccedil;o</a>, aproveitando pra abrir o debate e chamar mais gente pra colaborar. N&atilde;o chegamos a publicar essa vers&atilde;o beta antes do debate. A parceria que ia rolar para a editora&ccedil;&atilde;o n&atilde;o ia acontecer a tempo. Lancei um desafio pra algu&eacute;m fazer pelo menos uma vers&atilde;o tempor&aacute;ria. Sei que a Teia e a Goa trabalharam em uma vers&atilde;o durante a tarde, mas na hora do debate nenhuma das duas estava presente (Teia foi atacada por uma salada de frutas do inferno e Goa j&aacute; tinha ido embora). Tudo bem, &eacute; parte de lidar com a instabilidade. A vers&atilde;o tempor&aacute;ria acabou sendo publicada s&oacute; hoje no <a href="http://rede.metareciclagem.org/wiki/MutiraoGambioLogia">wiki da MetaReciclagem</a>.</p> <p>Como n&atilde;o t&iacute;nhamos a publica&ccedil;&atilde;o para lan&ccedil;ar, foi providencial que a Tati tenha levado tr&ecirc;s bolos (afinal, se n&atilde;o havia PDF a gente daria o bolo na galera ;)). Servimos o bolo e conversamos um pouco na bancada da MetaReciclagem, e por volta das 20h nos aproximamos do palco. J&aacute; estavam por l&aacute;, dos convidados, Marcus Bastos (e Gisela Domschke, que teve que sair), Lucas Bambozzi, Andr&eacute; Lemos, Lucas Mafra e Fred Paulino, Guilherme Maranh&atilde;o e Hernani Dimantas. Mais tarde chegaria Sergio Amadeu. Assistindo, mais um bando de gente pr&oacute;xima: Dalton Martins, Drica Guzzi, Ike Moraes, Daniel Hora, Roberto de Carvalho, Lu, Guima, Cesinha, Gus e mais gente (n&atilde;o vou lembrar de todxs, desculpem), al&eacute;m de alg1s desconhecidxs.</p> <p>O palco de design (e de fotografia e v&iacute;deo) &eacute; um dos mais sofridos da Campus Party. Vaza som por todo canto, tanto do palco da m&uacute;sica ao lado quanto da arena, em frente. Eu tinha planejado o debate com uma estrutura bem solta, direcionando a conversa em tr&ecirc;s eixos (que vou publicar aqui em outro artigo) e costurando as falas em torno deles. N&atilde;o consegui. Foi muito dif&iacute;cil raciocinar e articular ideias no debate (algu&eacute;m falou depois &quot;eu n&atilde;o conseguia ouvir nem a mim mesmo&quot;!). De qualquer forma, as apresenta&ccedil;&otilde;es foram bem interessantes e colocaram algumas quest&otilde;es que oportunamente a gente ainda vai desenvolver melhor. N&atilde;o consegui descobrir se o stream rolou. Vou verificar se a c&acirc;mera que tava l&aacute; apontando pra gente pelo menos gravou em algum lugar, mas de qualquer forma o debate em si (a circula&ccedil;&atilde;o de novas ideias, al&eacute;m do que cada participante j&aacute; tinha trazido de casa) ficou aqu&eacute;m do que eu esperava, ent&atilde;o nem fa&ccedil;o muita quest&atilde;o de ter documentado.</p> <p>Os tr&ecirc;s eixos em que eu tentei dividir a conversa eram:</p> <p>&bull; Gambiarra no cotidiano - a gambiarra como habilidade do saber-fazer, respondendo &agrave; precariedade, &agrave; aus&ecirc;ncia de recursos e &agrave; instabilidade do dia a dia. Uma maneira de ver o mundo como cheio de recursos em potencial, que s&atilde;o ativados pela criatividade t&aacute;tica. <strong>Resolver problemas em vez de comprar as solu&ccedil;&otilde;es</strong> para eles. Tr&ecirc;s impulsos essenciais: sobreviv&ecirc;ncia (manter), transforma&ccedil;&atilde;o (mudar), aprender (fu&ccedil;ar). A ess&ecirc;ncia do <strong>fazer sem ter estudado</strong>.<br /> &bull; Sociedade hacker brasileira. Aquela <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/tudo-%C3%A9-brasil">cita&ccedil;&atilde;o do Viveiros de Castro</a>, de que o mundo est&aacute; se brasilizando: inseguran&ccedil;a, hiperconex&atilde;o, m&aacute; distribui&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica. Tamb&eacute;m comentei sobre o <a href="http://www.businessweek.com/innovate/content/dec2009/id2009121_864965.htm">artigo na Business Week</a> sobre a Jugaad - a gambiarra Indiana - que os CEOs americanos t&ecirc;m feito expedi&ccedil;&otilde;es para aprender: inova&ccedil;&atilde;o n&atilde;o voltada aos desejos de estilo de vida, mas a necessidades imediatas e com recursos escassos. A crise econ&ocirc;mica e produtiva no mundo inteiro despertando a necessidade de habilidades criativas no cotidiano. Hackerspaces, Makerbots, DIY. Peguei do <a href="http://www2.sescsp.org.br/sesc/videobrasil/up/arquivos/200611/20061117_160212_CadernoVB02_p.36-53_P.pdf">artigo do Ricardo Rosas</a>&nbsp;(PDF) o outro lado da gambiarra: o atentado &agrave; esta&ccedil;&atilde;o de trens de Madrid em 2004, os ataques do PCC em sampa em 2006. Tamb&eacute;m trouxe do artigo da Lisette Lagnado (<a href="http://desvio.weblab.tk/blog/tudo-%C3%A9-brasil">O malabarista e a gambiarra</a>) as quest&otilde;es sobre o <em><strong>acento pol&iacute;tico</strong></em> al&eacute;m do est&eacute;tico, sobre nomadismo e intelig&ecirc;ncia coletiva.<br /> &bull; O terceiro eixo come&ccedil;ava com uma reflex&atilde;o sobre a influ&ecirc;ncia do cyberpunk na forma&ccedil;&atilde;o do imagin&aacute;rio do universo geek e hacker - o cowboy, o hacker, a resist&ecirc;ncia, as megacorpora&ccedil;&otilde;es - e sobre como isso se articulava hoje em dia com o imagin&aacute;rio das gera&ccedil;&otilde;es que ainda v&ecirc;m por a&iacute;. Hoje, quando falar em futuro &eacute; cada vez mais complicado (mesmo sem cair nas conversas sobre singularidade e fim do mundo) - William Gibson est&aacute; situando sua fic&ccedil;&atilde;o em meio a m&iacute;dia locativa, redes sociais e web multim&iacute;dia, e tem um personagem que &quot;n&atilde;o sai de casa sem uma chave de fenda&quot;. <a href="http://www.tor.com/index.php?option=com_content&amp;view=blog&amp;id=37468">Makers</a>, de Cory Doctorow (que eu ainda n&atilde;o terminei de ler) fala sobre RFID, impress&atilde;o 3D e novos arranjos sociais em rede. O que &eacute; esse imagin&aacute;rio que se forma? Mobilidade, s&iacute;ntese/impress&atilde;o de coisas, redes e novos arranjos sociais, m&atilde;o na massa n&atilde;o s&oacute; na virtualidade, mas na concretude, no mundo f&iacute;sico. <em><strong>Gambipunk</strong></em>? <em><strong>Bricopunk</strong></em>? Da&iacute; tamb&eacute;m continuei a reflex&atilde;o sobre experimenta&ccedil;&atilde;o, arte, etc. Puxando a contamina&ccedil;&atilde;o da gambiarra nas artes, em especial a arte eletr&ocirc;nica - invers&atilde;o da expectativa da alta tecnologia, trazendo o lowtech, a sujeira. Software livre, rela&ccedil;&atilde;o com o meio ambiente (redu&ccedil;&atilde;o de impacto), cr&iacute;tica ao consumismo, hardware aberto e modularidade. Trouxe outra vez a quest&atilde;o de Aracy Amaral citada em artigo de Juliana Monachesi (<a href="http://netart.incubadora.fapesp.br/portal/Members/julmonachesi/2005/rumos2">Gambiarra - necessidade ou maneirismo?</a>) - trabalhar com o descarte tornou-se um maneirismo? Tamb&eacute;m puxei um fio do debate sobre <a href="http://blog.premiosergiomotta.org.br/2010/01/28/arte-open-source-na-campus-party-2010/">arte open source</a> na manh&atilde; anterior na Campus Party - a &quot;est&eacute;tica processual&quot; (algu&eacute;m tuitou na hora: a obra de arte &eacute; o lixo do processo) pra perguntar se a gambiarra s&oacute; aparece ao fim dessas produ&ccedil;&otilde;es ou se &eacute; incorporada como ferramenta criativa em todo o processo.</p> <p>Resumindo ao m&aacute;ximo o debate posterior: Passei o microfone direto para o <a href="http://refotografia.wordpress.com">Guilherme Maranh&atilde;o</a>, que contou um pouco sobre como a gambiarra aparece no dia a dia da produ&ccedil;&atilde;o dele. Marcelo Braz prop&ocirc;s ver a gambiologia como <a href="http://thread.gmane.org/gmane.politics.organizations.metareciclagem/34579">contraponto &agrave; racionalidade, forma alternativa do pensar</a>. <a href="http://marketinghacker.com.br/content/gambiologia">Hernani falou</a> sobre a presen&ccedil;a da colabora&ccedil;&atilde;o e do remix nas culturas brasileiras. <a href="http://andrelemos.info/2010/01/gambiologia/">Andr&eacute; Lemos falou um pouco</a> sobre gambiarra e sobre a figura do art&iacute;fice (na hora, pensei no <a href="http://mutirao.metareciclagem.org/fonte/Manifesto-nartisan">manifesto Nartisan</a> que tinha sido publicado um par de dias antes). <a href="http://samadeu.blogspot.com">Sergio Amadeu</a> relacionou a gambiarra ao software livre. Fred, da <a href="http://gambiologia.net">Gambiologia.net</a>, trouxe a discuss&atilde;o de volta para o ch&atilde;o, mostrando exemplos pr&aacute;ticos do trabalho deles. Lucas Mafra, tamb&eacute;m da <a href="http://gambiologia.net">Gambiologia.net</a>, comentou um pouco sobre seu aprendizado pessoal de gambiarra com o av&ocirc;, a rela&ccedil;&atilde;o com as ferramentas, etc. Passou pra galera ver e tocar alguns dos aparelhos que eles gambiologizaram. <a href="http://lucasbambozzi.net/">Lucas Bambozzi</a> refletiu sobre o prec&aacute;rio, contou um pouco sobre a onipresen&ccedil;a das gambiarras na fronteira com a Guiana, e mostrou alguns de seus projetos, como o SPIO. <a href="http://marcusbastos.net/">Marcus Bastos</a> falou um pouco sobre a sensibilidade web 2.0 e todo o lance de remix, e depois falou sobre o referencial de cradle2cradle e upcycling (fiquei pensando em alguma tradu&ccedil;&atilde;o boa pra isso, mas n&atilde;o consegui - talvez anticiclagem? contraciclagem?).</p> <p>No fim das contas, apesar das dificuldades, foi um excelente come&ccedil;o de conversa. Ainda falta muito pra gente criar um campo comum e dar mais f&ocirc;lego para esse tipo de reflex&atilde;o, mas ela se faz mais necess&aacute;ria do que nunca. Entre os meus planos para esse ano j&aacute; est&aacute; retomar a conversa em um ambiente mais prop&iacute;cio, al&eacute;m de dar sequ&ecirc;ncia &agrave; publica&ccedil;&atilde;o sobre gambiologia.</p> <p>Quero agradecer mais uma vez &agrave; <a href="http://bikini.veredas.net">Maira</a> por toda a ajuda no debate e no <a href="http://mutirao.metareciclagem.org">Mutir&atilde;o da Gambiarra</a>, e &agrave; &aacute;rea de design da Campus Party por ter oferecido o espa&ccedil;o. Tamb&eacute;m fica mais uma vez o convite a todo mundo que tem material para contribuir para <a href="http://mutirao.metareciclagem.org/chamadas/gambiologia">a publica&ccedil;&atilde;o definitiva sobre Gambiologia</a> que deve sair nos pr&oacute;ximos meses.</p> http://desvio.cc/blog/debate-gambiologia-na-campus-party#comments campus party debate eventos gambiologia gambipunk Thu, 04 Feb 2010 19:55:36 +0000 efeefe 135 at http://desvio.cc