makers http://desvio.cc/taxonomy/term/106/all pt-br Metamáquina http://desvio.cc/blog/metamaquina <p>O pessoal da <a href="http://metamaquina.com.br/">Metam&aacute;quina</a> lan&ccedil;ou no catarse um pedido de crowdfunding para montar kits de impressoras 3D replic&aacute;veis aqui no Brasil. J&aacute; t&ecirc;m meu total apoio. Mais informa&ccedil;&otilde;es abaixo:</p> <p><iframe frameborder="0" height="388px" src="http://catarse.me/pt/projects/532-metamaquina-3d/video_embed" width="364px"></iframe></p> http://desvio.cc/blog/metamaquina#comments crowdfunding gambiologia garoa garoahc impressora 3d makers projetos prototipagem reprap Thu, 09 Feb 2012 00:40:59 +0000 efeefe 216 at http://desvio.cc Fazedorxs http://desvio.cc/blog/fazedorxs <p><img alt="Makers - Capa" width="132" height="200" align="left" src="http://craphound.com/makers/Tor_Makers_Cover_thumbnail.jpg" />Aproveitei o carnaval para terminar de ler <a href="http://craphound.com/makers/">Makers</a>, que eu j&aacute; tinha mencionado no post do <a href="http://desvio.weblab.tk/blog/debate-gambiologia-na-campus-party">debate sobre Gambiologia</a>. Eu fiquei sabendo do livro via twitter (mas n&atilde;o lembro atrav&eacute;s de quem), em novembro: algu&eacute;m comentou que o pr&oacute;ximo livro de <a href="http://twitter.com/doctorow">Cory Doctorow</a> sairia tamb&eacute;m em epis&oacute;dios semanais no Tor.com. A &uacute;nica coisa que eu tinha lido dele at&eacute; ent&atilde;o eram alguns posts no <a href="http://boingboing.net">Boingboing</a> e o Scroogled (em portugu&ecirc;s <a href="http://osvelhotesdosmarretas.com/2007/11/scroogled.html">aqui</a>). O <a href="http://www.tor.com/index.php?option=com_content&amp;view=blog&amp;id=35734">primeiro epis&oacute;dio</a>, que j&aacute; come&ccedil;a dedicado a &quot;quem toma riscos, xs fazedorxs de coisas&quot;. Li no site at&eacute; o terceiro e gostei. Fui l&aacute; na amazon e encomendei o livro antes mesmo de ser lan&ccedil;ado. Ele chegou aqui em Ubatuba no come&ccedil;o de dezembro. Resolvi deix&aacute;-lo de lado para ler no meu recesso de fim de ano, mas o <a href="http://efeefe.no-ip.org/tag/chuvas">reveillon molhado</a> n&atilde;o me deixou muito tempo pra isso. Acabei pegando pra ler mesmo s&oacute; nas &uacute;ltimas semanas.</p> <p>Apesar de situado em um contexto bem diferente - Estados Unidos, empreendedorismo capitalista, toda aquela coisa - eu me vi bastante (e &agrave; <a href="http://rede.metareciclagem.org">MetaReciclagem</a>) em v&aacute;rias partes da hist&oacute;ria. Desde o come&ccedil;o, o lance de come&ccedil;ar uma coisa despretensiosa, de amigxs compartilhando uma vontade simples - fazer coisas, construir estruturas sem pensar muito em resultados efetivos, descobrir. Depois, a busca de estrutura sem sucumbir &agrave; corporifica&ccedil;&atilde;o, &agrave; maneira mais aceita de viabilizar as coisas, refletida na tens&atilde;o entre os fazedores e os executivos. Tamb&eacute;m o lance da rede, da replica&ccedil;&atilde;o aut&ocirc;noma, dos esporos comunicantes mas auto-organizados surgindo, e a surpresa que eles causam. <img alt="Monstro de 1,99" align="right" src="http://farm4.static.flickr.com/3319/3312618009_2d63b01781_m_d.jpg" />A cr&iacute;tica ao consumismo e &agrave; ind&uacute;stria da obsolesc&ecirc;ncia. O ativismo pelo uso pleno das tecnologias, o desvio do uso, a apropria&ccedil;&atilde;o total. E claro, todo o lance de propriedade intelectual vs. cultura livre.</p> <p>Logo no come&ccedil;o, as esculturas de Perry e Lester me fizeram pensar nos monstros de 1,99 do <a href="http://desvio.weblab.tk/desviantes/glaupaiva">Glauco Paiva</a>. E, por mais que o final tenha ficado meio solto, o &uacute;ltimo cap&iacute;tulo tem at&eacute; uma partida de <a href="http://depositodocalvin.blogspot.com/2008/04/calvinbol.html">calvinbol</a>, que simboliza ali a &uacute;nica coisa permanente na hist&oacute;ria - a sensibilidade do fazer, que tem muito a ver com o que aqui a gente tem chamado de <a href="http://desvio.weblab.tk/tag/gambiologia">gambiologia</a>. Tamb&eacute;m fiquei pensando na tradi&ccedil;&atilde;o brico/fazedora/hacker que &eacute; t&atilde;o presente nas culturas norte-americanas, mas &agrave; qual eu nunca dei muita aten&ccedil;&atilde;o. Mas ainda assim, descontadas todas as diferen&ccedil;as culturais e todos os nortamericanismos do lance, foi uma leitura agrad&aacute;vel e que mexeu bastante comigo - muita nostalgia dos tempos do <a href="http://rede.metareciclagem.org/wiki/AgenteCidadao">galp&atilde;o da MetaReciclagem no Agente Cidad&atilde;o</a>, e uma sensa&ccedil;&atilde;o de que algumas coisas nunca v&atilde;o mudar, e de que fazer pouco tamb&eacute;m &eacute; fazer muito.</p> <p><img alt="cybersocial no agente cidadao" width="200" height="150" align="left" src="http://rede.metareciclagem.org/sites/rede.metareciclagem.org/midia/midia/images/montagem01.preview.jpg" />Ler sobre o cotidiano de Perry e Lester, suas sincronicidades e conquistas, seu afastamento e reencontro, sua amizade e complementaridade, tamb&eacute;m me fez pensar bastante no <a href="http://daltonmartins.blogspot.com/">Dalton</a>. Saudades do tempo em que as coisas eram mais simples - ou era a gente que se preocupava menos?</p> <p>&Agrave; hist&oacute;ria ent&atilde;o... (pulando o par&aacute;grafo para quem quer evitar spoilers)...</p> <p>... o livro abre numa &eacute;poca quase-agora, em uma coletiva de imprensa anunciando a fus&atilde;o de Kodak e Duracell. O novo CEO, Landon Kettlewell, anuncia que toda a opera&ccedil;&atilde;o da nova empresa ser&aacute; substitu&iacute;da por times pequenos e inovadores. Ap&oacute;s a coletiva, ele convida Suzanne Church, uma das jornalistas presentes, a acompanhar o trabalho de uma das equipes, que ocupa um Wal-Mart desativado na Florida. Essa equipe &eacute; formada por Lester e Perry, dois fu&ccedil;adores / fazedores / hackers que reusam brinquedos, eletr&ocirc;nicos e aparelhos para montar novos produtos: fazem esculturas para colecionadores, montam um carro operado por bonecos do Elmo (Sesame Street) e por a&iacute; vai. Em pouco tempo, junta-se a eles Tjan, um administrador que vai ser respons&aacute;vel por transformar a criatividade deles em produtos vend&aacute;veis. Eles patinam um pouco, at&eacute; que criam um sistema pra organizar as coisas em casa baseado em RFID, que vende milh&otilde;es. Eles brincam tamb&eacute;m com impressoras 3D. Em algum tempo, Tjan vai para a concorr&ecirc;ncia. Todo um mercado - chamado &quot;New Work&quot; - &eacute; criado. No meio-tempo, mais algumas coisas aconteceram - eles ajudaram a desenvolver uma favela para os sem-teto do outro lado da estrada que tinham sido desalojados, o que vira um laborat&oacute;rio vivo. Eles envolvem o pessoal da favela em algumas coisas. At&eacute; que a bolha estoura e todo mundo cai.</p> <p>Passam-se alguns anos. Lester e Perry montaram um &quot;ride&quot;, que n&atilde;o sei bem como traduzir - como as atra&ccedil;&otilde;es dos parques da Disney - onde est&atilde;o expostos peda&ccedil;os de seus antigos projetos. Os visitantes podem votar nas pe&ccedil;as que gostam ou n&atilde;o, e o parque se rearruma sozinho. Kettlewell e Tjan est&atilde;o aposentados, Suzanne viveu esse tempo na R&uacute;ssia. Em determinado momento eles se reunem. Tjan decide replicar o ride em Boston. Outros rides come&ccedil;am a surgir, de forma emergente, em outras partes do pa&iacute;s. Perry e Lester constru&iacute;ram um protocolo pelo qual os diferentes rides podem modificar a composi&ccedil;&atilde;o uns dos outros. Em meio a tudo isso, aparece Sammy, um executivo da Disney que, enciumado pelo sucesso dos hackers, passa a tentar sabot&aacute;-los, de forma cada vez mais grave. Ele processa os rides com base em direito autoral, o que d&aacute; base para a pol&iacute;cia destruir alguns deles. Kettlewell e Tjan bolam uma estrat&eacute;gia para se contrapor ao tamanho da Disney - criando um mercado que especula contra a&ccedil;&otilde;es na justi&ccedil;a. At&eacute; um toque tupiniquim aparece - da noite para o dia surgem 50 rides no Brasil, sem ter contato com ningu&eacute;m. Enquanto isso, Sammy faz coisas terr&iacute;veis at&eacute; que tem uma ideia que salva sua carreira - transformar impressoras 3D em produtos dom&eacute;sticos, imprimindo pe&ccedil;as da Disney. Em pouco tempo Lester invade o firmware das impressoras para imprimir o que quiser. A Disney fica a um passo de um ataque ainda mais forte, quando aparece uma solu&ccedil;&atilde;o que acaba com toda a tens&atilde;o entre a empresa e as pessoas - e tamb&eacute;m faz todo mundo ficar amigo de novo, etc.</p> <p>Mais quinze anos se passam, os amigos se reencontram e - como mencionei l&aacute; em cima - o livro termina com uma partida de Calvinbol!</p> <p>O fim do livro deixa algumas pontas soltas: n&atilde;o me convenceu de estar resolvida a situa&ccedil;&atilde;o com Death Waits, e acho que Doctorow passou a gostar de Sammy e foi amansando ele. Mas enfim, valeu por v&aacute;rios outros motivos. Recomendo a leitura.</p> http://desvio.cc/blog/fazedorxs#comments doctorow ficção gambiologia gambipunk makers metareciclagem Fri, 19 Feb 2010 00:01:05 +0000 efeefe 141 at http://desvio.cc