O pessoal da Metamáquina lançou no catarse um pedido de crowdfunding para montar kits de impressoras 3D replicáveis aqui no Brasil. Já têm meu total apoio. Mais informações abaixo:
prototipagem
Materialismo, tempo, sociabilidade
Bruce Sterling, no encerramento do Reboot 11 (em 2009):
"Para pessoas da sua geração e especialmente suas crianças, objetos são impressões [printouts]. São melhor entendidos como impressões. Não são tesouros, não são coisas que você quer, não são coisas para estocar, não são riqueza material, são basicamente relacionamentos sociais congelados. É isso que essas cadeiras são, e esse prédio, e aquela fita isolante e tudo mais.
Vocês precisam pensar neles não em termos de 'Oh, eu tenho essa caneta e preciso manter minha caneta.' Vocês precisam pensar nesses objetos em termos de horas de tempo e volume de espaço."
E mais tarde:
"Agora, você pode argumentar que d"eve economizar e só comprar coisas baratas, ou tentar desmaterializar. Não ser materialista, e contentar-se com coisas que são muito baratas ou orgânicas. Esse não é o caminho a seguir. Economizar não é social. Quando você economiza, você está deixando outra pessoa com fome. De verdade. Se você não der dinheiro a elas, elas não terão nenhum dinheiro. E se elas não te oferecerem nenhum dinheiro, você não terá nenhum dinheiro. Isso não é um fluxo social, nem mesmo um relacionamento social.""
A hipersuperfície dessa década
No meu post anterior, relatando o debate sobre gambiologia, falei que alguns autores que criaram a literatura cyberpunk estão hoje explorando "mão na massa não só na virtualidade, mas na concretude, no mundo físico". Hoje estava lendo o conto de Bruce Sterling a ser publicado na Icon 80 - "The Hypersurface of this Decade", e lá está de novo o assunto: um sujeito que compra um "home fabricator". Mais um texto gambipunk (ou bricopunk?).